E se eu me fechasse entre quatro paredes e gritasse que te quero a ti e só a ti?
Que finalmente estou bem devido a ti.
E se eu percorresse caminhos sem fim em busca de uma coisa que nem eu sei qual é? Seria estranho? Ou seria apenas para descobrir a tal coisa? E se eu me baralhasse não em caminhos, mas em labirintos de sentimentos? E se aquilo que eu estou a sentir não é bem aquilo que eu penso que estou a sentir? Já me cansei de sonhar, não me leva a lado nenhum…
Afinal porque é que os sonhos existem? Porque é que até nós existimos? E se um dia acordarmos e dizermos “chega não aguento mais?” O que acontecerá a seguir? E se as tais paredes em que eu um dia decidir gritar por ti, ficarem sujas de escuridão?
Porque é que a cor da paixão tem que ser vermelho e não amarelo? Porque é que quando somos pequenos somos forçados a acreditar em coisas que na realidade nem sequer existem? Antes de te conhecer quis ter o mundo na mão, para poder possuir algo, algo imenso. Já que me sentia infeliz e sem nada realmente meu, sem ser a pequeníssima história de vida que tenho. Após te conhecer deixei que a vontade de querer o mundo se fosse embora e seguisse para outro alguém infeliz, que estivesse também à espera do seu (re)começo! O engraçado da vida é que não precisei de percorrer os tais caminhos até ao fim, pois encontrei-te a ti pelo meio, encontrei a única coisa que me voltaria a completar. Contigo descobri que a segurança são dois braços abertos, a felicidade é ver-te sorrir tão gentilmente para mim.